Localização no mapa-mundi dos paises dos BRICS
Os BRICS surgiram como um estudo sobre as principais economias emergentes do mundo no inicio do século XXI, pelo economista Jim O’Neill em seu trabalho profético “Building Better global economic Brics”, para o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimentos do mundo, por isso, não se constitui num bloco formal político, econômico ou militar, mas possuem acordos de cooperação econômica. Composto, inicialmente, por Brasil, Rússia, Índia e China, e, recentemente, recebeu a adesão do “S” da África do Sul (em inglês South Africa).
Esses países juntos representam um Produto Interno Bruto – PIB de US$ 10,5 trilhões, igual ao do Japão, Alemanha e França juntos. Além de já fazer sombra para os Estados Unidos, cujo PIB é de US$ 14,6 trilhões, e a própria União Europeia (UE) com US$ 16,1 trilhões.
A China vem capitaneando o bloco, pois é a segunda maior economia do planeta e a que mais cresce, em média 9% ao ano, com um PIB de US$ 5, 7 trilhões de dólares, superando o Japão e o dobro, praticamente, da Alemanha. Esse país desde o final da década de 1970, quando Deng Xiaoping implantou sua reforma econômica, através das Zonas Econômicas Especiais – ZEE’s, abrindo a economia no litoral ao capital estrangeiro, somado a outras vantagens locacionais, como: fonte de energia, mão de obra barata, incentivos fiscais, localização estratégica, entre outros, vem mantendo um ritmo estável de crescimento, e que, segundo analistas econômicos, deve superar os Estados Unidos até 2020 como a maior economia do Planeta.
Os BRICS possuem grande vantagem com relação aos outros blocos, a exemplo do NAFTA, UE e APEC, pois possuem grandes territórios, ricos em recursos naturais, um mercado consumidor em expansão, só a China possui mais de 300 milhões de consumidores, lembrando que o bloco possui 43% da população mundial, 25,8% da economia mundial, além de divisas externas (moedas estrangeiras), suas moedas são desvalorizadas, barateando seus produtos, mão de obra barata, criando condições atrativas aos investimentos externos. A APEC que estava programada para formalização de uma zona de livre-comércio para 2010, não se consolidou, poderá ter influência dos BRICS?
No mês Abril passado, a presidente Dilma Rousseff passou uma semana na Ásia, visitando seu principal parceiro comercial, a China, do presidente Hu Jintao , e, também, participou da terceira cúpula do BRICS, que oficializou a adesão da África do Sul, na turística Sanya, na ilha de Hainan (China). Os Estados Unidos não vem olhando com bons olhas essa relação muito próxima entre Brasília e Pequim, por isso Obama veio ao Brasil em março deste ano.
3ª reunião da cúpula dos BRICS, em abril de 2011, Sanya, na China.
Os BRICS possuem semelhanças negativas, como a má distribuição de renda, a forte corrupção e a injustiça social, conflitos, máfias, além de um desequilíbrio regional. China, Rússia e Índia são potências militares, possuindo bombas atômicas. Brasil e Rússia são grandes produtores de alimentos e de petróleo, além de fornecedores de matérias primas. A Índia e a China seriam os maiores responsáveis pelo fornecimento de serviços e manufatura, devido a sua concentração de mão de obra e tecnologia. Brasil, Índia e África do Sul brigam por um acento permanente no conselho de segurança da ONU.
Desigualdade social no Brasil
Falta de liberdade na China.
Nesse terceiro encontro na china, os cinco países combinaram aprofundar as cooperações no quadro do G20 para resolver questões nas áreas do clima, recursos naturais, energia e alimento. Os BRICS estão avançando no espaço geopolítico que era quase exclusivo do G6, uma nova ordem mundial vem nascendo.
BRICS X G 6
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