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segunda-feira, 28 de março de 2011

De Hiroshima a Fukushima: o legado nuclear, vale apena continuar?

 
 Bebê radioativo, inocentes vítimas da ganância humana.

            O acidente nuclear com os reatores da usina nuclear de Fukushima, ocasionados pelo tsunami que abalou o Japão, março de 2011, colocou em xeque, mais uma vez, o modelo desenvolvimento energético nuclear no mundo, além dos efeitos radioativos conhecidos pelo ataque nuclear promovido pelos Estados Unidos as cidades de Hiroshima e Nagasaki na II guerra mundial, outros incidentes envolvendo a radiação nuclear ocorreram, caso de Three mile sland (USA), Tokaimura(Japão), Goiânia (Brasil), além do mais famoso, em Chernobyl na Ucrânia (Ex-URSS),em 1986, onde morreram mais de 60 mil pessoas.

 
 Vítima da bomba atômica americana em Hihoshima (1945).

 
O legado radioativo em Chernobyl, mais quantas vítimas?

            O ocorrido no Japão refletiu no mundo, países como a Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra se comprometeram a rever seus programas nucleares. O uso da energia nuclear possui inúmeras vantagens, como: alto poder calorífico, devido à fissão do átomo; uso na medicina, através da radioterapia, conservação de alimentos, ajuda no combate a poluição ambiental, entre outros. Porém, os riscos ameaçam a vida, através da contaminação por radiação, como o correu em várias usinas, além do uso militar, a exemplo da II guerra mundial e dos riscos com países imperialistas ou radicais. A radiação modifica o conteúdo genético, passando para as próximas gerações, sendo assim suas conseqüências são incalculáveis. Durante a Guerra Fria vivemos com o temor da III guerra mundial, e ameaça à vida no planeta pela radiação.
Nosso risco imediato Angra I e II

            Até quando vamos viver com esse temor nuclear? vale apena insistir nesse modelo energético e pagar o preço? ou investir em fontes mais seguras? como: a energia eólica, solar, marémotriz, biocombustíveis, entre outros. Por isso devemos manter os projetos Angra I,II e III(em construção)? e seguirmos na busca cada vez maior pela lucratividade capitalista, ou respeitarmos a vida e o meio ambiente, diminuirmos os riscos a nossa própria existência?


terça-feira, 22 de março de 2011

A estratégia portuguesa para a conquista do espaço amazônico

   A compreensão da lógica da organização e da produção espacial na Amazônia está relacionada as práticas sociais e econômicas, que se estabeleceram, principalmente, a partir do processo de colonização da região nos séculos XVI e XVII, destacando o papel de alguns atores espaciais como as sociedades indígenas, os europeus, destacando a Espanha, França, Holanda, Inglaterra e Portugal, além das ordens religiosas, em especial as dos jesuítas, carmelitas, mercedários e franciscanos, configurando um espaço onde a atividade econômica das chamadas “drogas do sertão” ganhou destaque na configuração do espaço amazônico colonial.

  Estratégia portuguesa para a conquista da Amazônia

1. A Amazônia e as ordens religiosas: “catequizar é civilizar”?.

     O papel das ordens religiosas (soldados de Cristo) na organização, povoamento e produção na Amazônia é de grande destaque. Jesuítas (1643), carmelitas (1624), mercedários (1640) e franciscanos (1617) foram, em parte, responsáveis pelo dinamismo econômico regional, seja pela riqueza gerada com a exploração dos produtos florestais ou com a domesticação da mão-de-obra indígena, através da catequização. O que estava em jogo, para essas ordens, era converter as almas dos índios ao catolicismo, “salvá-las” do fogo do inferno e expandir o poder da igreja na região.

2. A estratégia militar portuguesa para Amazônia: a fundação de fortes nas embocaduras dos rios.
Forte do presépio em Belém

     A fundação de missões e fortes na embocadura dos rios configura, basicamente, os principais objetos espaciais da Amazônia colonial, e representam os principais atores da conquista da região, a igreja, responsável pelo controle ideológico, povoamento e exploração dos recursos florestais e o Estado, que garantiria a defesa militar do território, para manter a soberania da região para coroa portuguesa.

3. Conclusão

     O processo histórico de ocupação da região delegou as portugueses a estratégia de conquista e exploração da Amazônia, através da fundação de fortes e missões religiosas na embocadura dos rios e da exploração das "drogas do sertão", deixando um legado de destruição e genocídio indígena.

O império americano contra-ataca.

     Os Estados Unidos após a crise financeira que abalou o país a partir de 2008, vem buscando reagir ao expansionismo chinês, que já é a segunda maior economia planetária, com a catástrofe japonesa, o espaço aberto pelo Japão no mercado mundial, tende a ser preenchido pelos chineses, devido a fatores locacionais, como: localização estratégica, mão de obra barata, energia abundante, desvalorização cambial, matéria-prima, entre outros. Os americanos se espertaram, buscam resgatar sua influência na sua periferia imediata, a América Latina e no mundo.
     As viagens de Obama ao Brasil e ao Chile refletem essa contra ofensiva yankee, pois os chineses vem tomando o espaço de influência histórica dos americanos, fato confirmado pelo Brasil, que tem, recentemente, como maior parceiro comercial a China.
    Do ponto de vista militar, os norte-americanos reforçam seu poder, em crise, também, de legitimidade, com a coalização de países contra, o ex-aliado, Muammar Kadafi da Líbia, alimentando a indústria da arma, o orçamento militar de US$ 1 trilhão de dólares e o mercado do petróleo, na tentativa de se manter como a única superpotência militar e na liderança econômica global.
Obama em discurso no teatro municipal do Rio

O ex-aliado Muammar Kadafi

Ataque a Líbia, a indústria da arma e do petróleo agradecem

Porta aviões americano no mar mediterrâneo, as guerras justificam o orçamento de US$ 1 trilhão.

        Tudo isso pelo bem/mal da "humanidade", os americanos realizam uma superprodução cinematográfica na América Latina e no mundo, com o comboio de aviões comandados pelo air force one , limousines blindadas, FBI, CIA e exército, levando o presidente Barack Obama, que da sua aeronave presidencial coordena o ataque a Líbia, tentando assim, recuperar seu prestígio político-econômico e militar ameaçado pela sua própria política externa unilateral, que contribui para o seu isolamento e perda de influência global.